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Haver... Havia.... Não era grande coisa... Mas haver havia...
Imagens: Robinson Kanes
Valladolid sempre teve um significado especial, não só pela sua universidade que é uma das mais antigas do mundo mas também pela importância que tem para a língua castelhana. A isto, acresce o facto de ser um ponto de passagem de muitos emigrantes e camionistas no "acesso à Europa". Parar torna-se obrigatório, embora muitos não o façam e percam uma excelente oportunidade de ficarem mais ricos...
Chegar a Valladolid não fascina, sobretudo se viermos de Salamanca ou até mesmo do calor "extremeño", no entanto, depois de uma caminhada junto ao Pisuerga (que é afluente do Douro), podemos ficar a conhecer melhor uma cidade que, à semelhança de todas as cidades espanholas, tem nas pessoas a sua força, o seu ritmo e a sua vida.
Comecemos junto ao edifício do "Instituto Zorrila" e encontramos o "Colegio de San Gregorio" que além da beleza em termos de arquitectura é também o "Museo Nacional de Escultura" - só por isto já vale a pena passar uns dias nesta cidade. Passar umas horas a admirar muito do que a escultura espanhola é um bom início! Adicionem o facto de, praticamente na mesma praça (Plaza de San Pablo), terem a "Iglesia de San Pablo", com uma fachada singular e o "Palacio Real".
Mas Valladolid, ao contrário do que possa parecer, é uma cidade grande... Se seguirem pela "Plaza de San Pablo" e entrarem na "Calle de las Angustias", rapidamente atravessam um relvado onde, no lado esquerdo, encontram a "Iglesia de Santa María la Antigua": uma igreja interessante, austera e onde o românico e o gótico se misturam de um modo particular! Se continuarem em direcção à Catedral, ainda vão passar pelas ruínas da "Colegiata de Santa María la Mayor" - se gostam de ruínas, têm aqui, na "Plaza de Portugalete" um com que se deliciar.
E eis que chegamos à Catedral, ou melhor, "Catedral de Nuestra Señora de la Asunción"... É austera, o que me agrada, no entanto, está longe de ser uma das mais bonitas de Espanha... Quem espera encontrar grande monumentalidade não terá grande sorte, o que não impede a visita, bem pelo contrário. Uma desculpa para ficar por aqui pode ser a oportunidade para "pinchar" algo... Não faltam locais para comer e beber qualquer coisa, embora, em Valladolid a diferença entre espaços de "tapeo" seja pouca.
Esperem! Não abandonem esta área sem apreciar a estátua de Cervantes e a Universidade! É mesmo ao lado da Catedral, não há como deixar para trás! Depois de deixarem a Cervantes um grande obrigado pela herança que nos deixou, o ideal seria descer imediatamente pela "Plaza de Libertad", apanhando a "Calle Ferrari" para chegarem à "Plaza Mayor", uma das imagens de marca da cidade - aliás, qual é a Plaza Mayor em Espanha que não é uma imagem de marca da respectiva cidade ou vila? No entanto, é preciso uma paragem obrigatória: a "Pasaje Gutiérrez"! (Maldição! Tenho as fotos num outro local... Fica prometida a partilha e com o bónus do "Palacio Pimentel"). É nesta pequena galeria que encontramos alguns cafés deveras interessantes e com um gosto bem particular, o ideal para beber um copo ou até jantar! Muito se fala de Milão, por exemplo, mas toda aquela sumptuosidade, em meu entender, tende a ser absorvida pelo ambiente deste local! Agora sim, "Plaza Mayor"! Aproveitem e bebam uma "Mahou 5 estrellas" enquanto apreciam a torre do relógio e o Ayuntamiento.
E como o dia pode estar a acabar, nada como aproveitar o fim de tarde para passar na "Academia de Caballería" onde podem encontrar, além do espectacular edifício, um excelente "arsenal" de artefactos que retratam muito do que foi e é a cavalaria em Espanha. Contudo, porque os finais de tarde são longos em Espanha, dar um passeio mais romântico pelo "Campo Grande" é fundamental para fazer divergir novamente a atenção para quem nos acompanha. Mas cuidado, os patos e os pavões são reis neste ecossistema!
A noite aproxima-se, por isso, existindo cartaz, nada como agendar um programa no "Teatro Calderón de la Barca", isto antes de "salir de copas", isso é fundamental para um dia/noite bem passada nesta cidade de Castilla y León.
Ao acordar, no dia seguinte, rapidamente ficamos com a ideia de que como destino final ou como mera paragem de uma longa viagem, Valladolid "nos encanta" e tem aquela magia especial que tende a não se mostrar após um primeiro olhar. Não podia faltar a poesia ou não tivesse nascido aqui o poeta José Zorrilla.
Muito importante! O Mercado, o "Mercado del Val"... Como em qualquer cidade, é uma visita obrigatória e acima de tudo uma oportunidade de encher o saco, especialmente se pudermos trazer os produtos frescos connosco! Estes espaços têm sempre um encanto especial que vai para lá das fotografias... Os cheiros, as pessoas e a história, toda uma cultura nos corredores e nas bancadas... E também na carteira...
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