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Haver... Havia.... Não era grande coisa... Mas haver havia...
Todos falam do Sr. Trump, e eu? O facto de estar fora de Portugal tem-me ajudado a ver este episódio sem a influência da nossa fraca comunicação social e dos comentadores do costume, já repararam que são sempre os mesmos?...
Antes, gostaria de dar voz a Lenine (e nem partilho das convicções do mesmo) quando disse que “a liberdade é um bem tão precioso que tem de ser controlado”. Neste momento vejo o mundo democrático a aplaudir essa afirmação... paradoxal? Lenine deve estar a sorrir...
Os americanos votaram e ganhou um presidente. Nós não somos ninguém para falar de política interna norte-americana – prestamos mais atenção à política americana que à nossa política interna. Mas aqui voltaremos.
Os media (e não só nos EUA) que mostraram uma parcialidade em relação à eleição de Trump e que tentaram inclusive orientar o sentido de voto do povo americano para Hillary Clinton foram derrotados – mas não foram derrotados numa espécie de batalha única – Trump, num dos momentos mais delicados da sua carreira, foi vendido por estes mesmos media como um empresário de sucesso e como um dos melhores empreendedores e business man dos Estados Unidos. À época, Trump arriscava falir e tinha sido "diagnosticado" pela banca americana somente como um nome demasiado grande para cair, apesar do fiasco em termos de gestão.
Trump usou e foi exaltado pelos media e foi uma criação destes. Não vamos esquecer que em Portugal também temos o nosso Trump - Marcelo Rebelo de Sousa deveu a sua eleição a anos de exaltação nos media. Ainda se lembram do “se Marcelo disse é porque é” ou do “Marcelo afirma, acontece” mesmo que os discursos fossem vazios? Vimos jornalistas a fazerem campanha pelo actual Presidente da República que só foi derrotado pela abstenção. Sim, Marcelo sem apresentar soluções na campanha eleitoral e até ao longo de uma vida de comentador utilizou o show off a seu favor e conseguiu (não nutria simpatia pelos demais candidatos e não pretendo defender ninguém em detrimento de outrem).
Finalmente uma nota: não devemos questionar se Trump é uma boa ou má escolha, no entanto temos de pensar que se Trump venceu:
São provocações que nos devem fazer pensar... quanto ao senhor Trump, goste ou não, tenho de dizer, como todos os que defendem a Democracia, que se não estão contentes podem sempre solicitar um regime ditatorial e não cair no paradoxo que têm caído nos últimos dias ao defenderem a Liberdade e a Democracia por um lado e pelo outro a desejarem a cabeça de Trump servida numa travessa.
P.S: faleceu Leonard Cohen... não era o maior admirador, mas reconheço o enorme talento!
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