Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Haver... Havia.... Não era grande coisa... Mas haver havia...
Rembrandt Harmens Van Rijn, O Sacrifício de Isaac - Pormenor (Alte Pinakothek)
Fonte da Imagem: Própria
Não sou Testemunha de Jeová (TJ). Também reconheço que existem coisas que me deixam a pensar no que a este movimento concerne (admito que talvez por alguma falta de informação) e... também conheço muitas TJ e nunca tive nada a apontar às mesmas. Posso ter algumas questões, mas não posso negar a cordialidade, a simpatia e o reconhecimento que já tive por parte deste movimento, aliás, num dos casos até pela cúpula da própria organização a nível mundial!
Foi no dia 20 de Abril de 2017, ou seja, ontem, que um tribunal russo sentenciou o fim deste movimento naquele país. Para os mais esquecidos, não foram somente os judeus a serem perseguidos durante o regime Nazi. Durante este regime, também os homossexuais, os ciganos, muitos povos eslavos e outros foram perseguidos. Aliás, um dos alvos foram também as TJ que agora testemunham uma repetição da História... é interessante perceber que a História se repete tantas vezes. Sou obrigado a recorrer-me de um dos mais actuais escritores/pensadores: Aldous Huxley. Este dizia-nos que "talvez a maior lição da História seja que ninguém aprendeu as lições da História". Mais uma vez não aprendemos a lição e vemos a História a repetir-se, sobretudo porque não existe sequer um argumento válido ou sequer uma ameaça de conspiração.
Estamos a entrar em terrenos pantanosos, sobretudo quando os já referidos nazis são sempre o bode expiatório. Nunca percebi porque se fala tanto dos Nazis e não se fala do Estalinismo ou até de outros regimes que fariam Kim Jong Un parecer o Peter Pan. Podemos alegar que as TJ são uma comunidade perigosa e com as quais é preciso cautela... mais aí podíamos falar de tantos outros grupos, associações, clubes e outras organizações que. Não vejo nenhuma acção nesse sentido. Podíamos falar da questão das transfusões de sangue, e que, para mim, cabe a cada um decidir o seu destino. No caso português, por exemplo, um juiz pode, tratando-se de um menor, decidir em nome da família.
Esta perseguição sem sentido pode abrir portas a outro tipo de perseguição e criar também um case study a ser seguido por outros países. Em nome da liberdade, estamos a perseguir inocentes, quais anos que se seguiram à Queda da Bastilha e que de Liberdade tiveram pouco... ou até demais...
Estamos a perseguir "potenciais criminosos" sem acusação formada e fundamentada... e sempre que isto acontece, o resultado pode ser catastrófico. Espero que os tiroteios em França, não desviem a atenção deste facto...
Bom fim de semana e que não continuem a testemunhar retrocessos civilizacionais...
Fontes da notícia: www.reuters.com e www.jw.org
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.