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Haver... Havia.... Não era grande coisa... Mas haver havia...
Fonte da Imagem: Bruce Beattie - Daytona Beach News Journal
O tema não é novo, mas repete-se... E como se repete continua tão actual como aquando da primeira polémica espoletada acerca do mesmo.
Sempre que estamos perante um atentado terrorista assistimos à divulgação de imagens (quantas vezes não são as mesmas repetidas atá à exaustão) de pessoas feridas, mortas, em pânico, completamente aterrorizadas e, em alguns casos, até à divulgação do próprio atentado a ter lugar (Charlie Hebdo foi um dos melhores exemplos). Se a sede de vendas aqui ainda encontra uma "descupabilização", o que dizer quando os perpetradores do terror fazem um balanço do ataque e promovem a causa?
Pretendo com isto dizer, e em Barcelona a cena repetiu-se, que um dos grandes cúmplices do terrorismo - porque espalhar o medo é terrorismo, não é só pressionar um gatilho - poderão ser os media. O alegado vídeo do Daesh a reinvindicar o ataque foi repetido mil e uma vezes por esse mundo fora e Portugal não foi excepção. Será que não basta "uma" notícia a informar que o Daesh (ou outro movimento) reinvindicou o ataque e voltou a ameaçar? E será que estes vídeos são muitas vezes confirmados, sobretudo do ponto de vista da origem? Não me é de todo difícil colocar um vídeo igual a muitos outros do Daesh a circular na internet.
É aqui que também pretendo chegar... Ainda me recordo de ver os vídeos da ETA, do Hezbollah, do IRA e de outros tantos movimentos, onde o foco do mesmo passava por indivíduos que difundiam uma mensagem; mas hoje os videos são mais elaborados e coloridos com imagens que são retiradas dos próprios media. Não só estamos a alimentar a propaganda com conteúdos mas também a divulgar a mesma. Se eu sair à rua com uma suástica no braço arriscarei, por certo, algumas consequências menos boas, contudo, divulgar o ódio e o terror continua a ser um crime que passa impune sob a capa da liberdade de informação - seja de forma propositada ou negligente.
Finalmente, uma nota para o actual Presidente da República Portuguesa e que me ficou retida aquando dos atentados de Barcelona: dizer que nunca morreu tanta gente, nem existiram tantos atentados terroristas como hoje, sobretudo na Europa, revela um desconhecimento da História, sobretudo a mais recente.
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