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Haver... Havia.... Não era grande coisa... Mas haver havia...
O que poderei dizer sobre o Ano Novo? Não faço balanços, não assumo resoluções...
O Ano Novo sempre foi uma espécie de segundo Natal... afinal, andamos dois meses a falar no Natal e no dia 26 já ninguém se lembra que o mesmo existe. Tal leva-me a crer que o Natal não tem realmente grande significado para uma grande maioria.
O Ano Novo é mais uma oportunidade para reunir a família, os amigos e conviver. É mais um dia? Não, nos outros não fazemos figura de parvos a comer passas de empreitada só porque... enfim... Nos outros dias também não ouvimos disparos de armas automáticas e ficamos serenamente a contemplar tal espectáculo e... nos outros dias, não achamos que o sexo é especial só porque se passa de dia 31 para dia 01. Ano Novo é reunir a família e os amigos, é celebrar, rir, brindar e esquecermo-nos que já é meia-noite.
Mas o Ano Novo, especialmente o dia 01, traz-me sempre à memória o borrego que a minha mãe faz (maldito estômago que controlaste o meu pensamento). Não, o Ano Novo, lembra-me os concertos... Não consigo passar o dia de Ano Novo sem trautear a Marcha Radetzky - talvez até seja uma das composições para música clássica mais... pirosas - sem dúvida, é algo que me dá gosto escutar neste dia.
Composta por Johann Baptist Strauss, o pai (momento Antena 02), faz-me levantar neste dia com outro sorriso e rapidamente colocar-me entre os mais bem dispostos da sala, ao contrário dos demais, que ainda mostram resquícios de uma noite bem passada.
A Marcha Radetzky, contudo, não se chama Radetzky porque Strauss se lembrou de encontrar um nome pomposo austríaco para dar à sua obra. Deve-se sim, a uma composição em honra do Marechal de Campo Austríaco, o Conde Joseph Wenzel Radetzky (que, por acaso, nasceu na Boémia, em Trebnice, recomendo a visita) que levou a Áustria à vitória em Itália, mais propriamente no norte, durante a revolução de 1848-1849 (ficou famosa a Batalha de Novara). Talvez seja esse o motivo que faz esta marcha ter um lugar no coração dos austríacos... e no fim de cada concerto de Ano Novo em Viena... lá está ela a encerrar a festa. Confesso, no entanto, que aquelas palmas a ecoar pela Musikverein...
Para mim, causa o mesmo impacte que o filme Sozinho em Casa provoca, no Natal, para a maioria das pessoas, só que num registo mais pedante da minha parte.
Além disso, sinto que o meu Pastor quando trota pelos campos - é um rústico - executa com uma sintonia única, cada compasso desta composição. Dia 01 lá estaremos, no meio do campo, com dois humanos a trautear e um pastor-alemão a dar o compasso...
Feliz Ano Novo e fiquem com a Marcha Radetzky na Musikverein, dirigida por Mariss Jansons (outro momento à Antena 02).
P.S: se ainda forem a tempo, não percam, este ano o Maestro é o Gustavo Dudamel. Embora, importa mencionar, os bilhetes disponíveis já não sejam os mais baratos.
Fonte da Imagem: http://www.hurriyetdailynews.com/Default.aspx?pageID=429&GalleryID=1094
02/01/2017
P.S: O Concerto deste ano completo:
https://www.youtube.com/watch?v=s6v59AcHx0Y
https://www.youtube.com/watch?v=BwDTrvHyqf8
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