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Haver... Havia.... Não era grande coisa... Mas haver havia...
Fonte da Imagem:http://expresso.sapo.pt
Por aqui sou conhecido e ostracizado por nem sempre falar bem do Presidente da República. Todavia, também é hora de elogiar Marcelo Rebelo de Sousa pelo veto à lei do financiamento dos partidos. O mais alto magistrado da nação passa uma mensagem clara do que se quer para o futuro, e sobretudo, faz jus ao conceito que espera ver explorado neste ano de 2018: reinvenção.
Reinvenção passará por começar lentamente a passar a mensagem de que não se procurará cair nos mesmos erros de sempre, de que uma máfia partidária terá de ter os seus limites e de que basta de andar a enganar os portugueses... Embora a linha entre ser enganado e não se importar de o ser seja ténue. Esperemos que se operacionalize e se esclareça tamanho conceito...
Espera-se também que Marcelo, na sua postura de estar sempre de todos os lados de modo a que isso lhe garanta popularidade, não tenha cedido à tentação de vetar somente porque a pressão mediática foi intensa, esse seria o seu maior erro, pois continua também ele a ter o seu cartão de militante que retira do bolso quando lhe é conveniente e o esconde quando lhe pode trazer problemas – só por esse motivo fico com esta preocupação.
No entanto, vamos ver como vai acabar esta situação, porque com o veto presidencial, os holofotes vão procurar outros temas vendáveis e temo que o assunto possa cair no esquecimento. Se a lei for aprovada com a maioria de dois terços no parlamento, Marcelo praticamente será obrigado a assinar. Temo emo que a discussão pública se fique por aqui.
Este tema não pode cair no esquecimento e é de extrema importância que os portugueses não se esqueçam daquilo que lhes tentaram fazer. O veto da lei não apaga o comportamento vergonhoso, ou até criminoso, que os deputados e as máquinas partidárias tiveram, faça-se uma excepção ao CDS-PP e ao PAN, embora sejam coniventes com os moldes actuais no que toca ao financiamento destas instituições e que não ficam muito longe das leis que se pretendem aprovar.
Ficaremos a aguardar e que as luzes não se apaguem, sob pena de, mais uma vez, contribuirmos para a alimentação de grupos que nada têm feito pelo desenvolvimento do país. Num país onde a vergonha existe, esta discussão já nem voltaria a ser levada ao parlamento e muitos dos direitos/benefícios já vigentes seriam reavaliados.
E deixo finalmente uma inquietação: como é interessante ver os “partidos anti-práticas semelhantes” (sobretudo PCP e BE) a salivar para que a lei avance.
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