Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Haver... Havia.... Não era grande coisa... Mas haver havia...
Créditos: linkedin
Ao ver a imagem acima, uma pérola do LinkedIn, acabo por perceber, até pelo enfâse dado aos conceitos, que o tema mais debatido num fórum de educação foi o "doutorismo e o engenheirismo".
Aliás, um dos desafios que os pais devem aferir na educação dos filhos é a preocupação real sobre quem é doutor e engenheiro. Que muitos professores universitários até sejam "doutores" pelo facto de possuírem um doutoramento, ainda posso aceitar, agora que o desgraçado do Inspector da Polícia Judiciária, que provavelmente até tem mais habilitações que todos os outros, não tenha título já dá que pensar - é inspector da "Judite" leva com o José e já é bom. Provavelmente, até foi o Inspector José que abdicou, ou então para os lados de Torres Vedras pensam que um inspector da Polícia Judiciária é um praça da GNR!
Mas vejamos, além do Doutor universitário (por momentos até pensei que fosse o Rui Santos), temos professoras do ensino básico e secundário que também ousam utilizar o título - é assim que os nossos filhos irão ser disruptivos, "sô dotora, como é que posso aprender mais sobre a tabela periódica?".
Entretanto, o senhor engenheiro também não abdica do título (nem do cabelo à Adamo) e arrasta consigo um coordenador de uma escola e uma psicóloga - se uma psicóloga é doutora, talvez até seja (inclusive o facto de estar por extenso pode justificar isso), mas as que me são próximas e até são oriundas da clínica, fogem a sete pés dessa forma de tratamento.
Mas não ficamos por aqui, temos uma terapeuta da fala que também é doutora e claro, a área social e solidária que não tivesse também a sua doutora! Sempre estranhei porque é que as pessoas que presidem e trabalham em associações solidárias e sociais nunca abdicam do título, título esse que muitas vezes nem existe na prática. Nesse campo, uma das coisas que mais aprecio, é o facto de que quando estão a "ajudar os coitadinhos", numa relação de proximidade, fazem questão de manter essa distância. Outra das coisas que aprecio é o facto de que as palavras que mais se repetem quando existem encontros e conferências "solidárias" são essas mesmo: "doutor" e "doutora". Afinal, não gostasse a maioria dos actores que deambulam pela área do social, de dizerem sempre que são do "social"...
Com tantos doutores e engenheiros, até acredito que muitos potenciais participantes não tenham estado presentes sob pena de não atingirem a estratosfera que o cartaz exige.
Não me posso ir embora sem dar conta de que, por momentos, também pensei que o lobby da família Aveiro estivesse metido nisto, nomeadamente a D. Dolores e a sua filha Katia, mas descobri que não, até porque uma não é professora e a outra não preside a associações solidárias. Menos mal..
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.