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Haver... Havia.... Não era grande coisa... Mas haver havia...
Fonte das Imagens: Própria
Regressando ao assédio a Granada, encontramos as forças de Castela e Aragão em frente da cidade. De facto, Granada apresentava-se praticamente como uma espaço impenetrável com grandes muralhas e enormes baluartes. Do lado de Castela, D. Fernando sabia que um combate pela força levaria a um número de mortes que o rei não poderia suportar.
Novamente, o monarca precisou de recorrer a uma estratégia menos violenta, pelo que voltou a chamar a rainha para que viesse para o acampamento. Esta prática já anteriormente vista, nomeadamente em Málaga, não só mostraria aos mouros que os intentos de Castela e Aragão eram firmes, como também a moral das tropas seria resgatada, como sempre o era com a presença da rainha católica.
Do lado de Granada, Muza continuava a perpetrar, com as suas tropas, assaltos constantes ao acampamento cristão. Muza tentava por todos os meios enfraquecer as forças do inimigo e algumas vezes com bastante sucesso. Os mouros, sob o comando deste guerreiro, não escassas vezes, tentavam também provocar os cavaleiros cristãos para a batalha, mas estes tinham ordens directas do rei para não se envolverem em escaramuças.
Um dos episódios mais interessantes, foi o de um cavaleiro mouro, Tarfe. Este cavaleiro penetrou as linhas do inimigo, invadiu o acampamento e enviou uma
lança que ficou espetada bem perto da tenda dos soberanos de Castela. Nessa mesma lança, estava atado um bilhete que trazia anotado o alvo da mesma: a rainha!
A indignação foi tal que um dos mais afoitos cavaleiros cristãos, já conhecido pelas suas façanhas algo... fora do normal, reuniu um grupo de 15 homens e encetou uma expedição altamente perigosa e ambiciosa.
Hernando Pérez de Pulgar, ao anoitecer, com os seus 15 homens, conseguiu penetrar por uma das portas da cidade, apanhando os guardas desprevenidos a dormir. Daí partiu em direcção à mesquita da cidade e gravou nas portas da mesma uma inscrição: Ave Maria. Já imaginamos Pérez de Pulgar e os seus homens a percorrerem as perigosas ruelas de Granada até chegarem à mesquita e ainda terem sangue frio para, por puro desafio, proceder a tal empreendimento.
O conflito, apesar de toda a violência, ainda tinha espaço para estas pequenas habilidades de provocação e desafio, de certa forma recheadas de algum humor.
Por sua vez, a estratégia de D. Fernando era agora, com o acampamento a cercar a cidade, vencer como em Málaga, através da fome e da escassez de recursos através do corte de abastecimento.
Para os recém-chegados a esta aventura:
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