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Haver... Havia.... Não era grande coisa... Mas haver havia...
Imagem: Robinson Kanes
Quem nunca, durante a eucaristia, escutou o "eu serei vosso amigo, se fizerdes o que vos mando"? Eu já ouvi, muitas vezes. Aliás, fico espantado com o amor e compaixão que chega até a mim e com esse forte laço de amizade.
No entanto, não me parece que isso seja grande novidade - eu serei sempre muito amigo de todos aqueles que fizerem aquilo que eu mandar: Imaginem que crio uma divindidade, destruo todas as outras, e me assumo como o líder lá do bairro. Aproveito essa onda de poder e começo a dizer que se me derem o pouco dinheiro que têm para eu fazer uma Igreja - para "todos" - eu serei amigo dos respectivos. Também passo a mensagem que tal submissão pode levar a que morram à fome, pelo que, eu os salvarei (nem eu sei explicar como) e ainda deixo um aviso: ai daquele que não quiser a minha amizade! Melhor mensagem para vender aos nossos jovens não há, mesmo que apregoe esta mensagem vestido de ouro, viva faustosamente e me desloque em automóveis topo de gama. Quem não deseja?
Mas o mais interessante é que todo aquele que entre em minha casa, neste caso em particular, em Vila Viçosa, fica logo com o aviso dado: "Fazei tudo o que Ele vos mandar"! Não restem dúvidas. Será que Marcelo Rebelo de Sousa, convicto católico, e desconhecedor que Portugal é um país laico, terá passado por Vila Viçosa e esperado que, via Papa Francisco, Deus lhe desse autorização para se candidatar a um segundo mandato? Até já estou a imaginar, o amigo de Marcelo, João Miguel Tavares, no 10 de Junho, qual arauto de Belém, a dizer (Isto sem alguém perceber o perceber) que Portugal não existiria sem Deus e sem Marcelo, até porque os favores com os ricos e com os jornalistas têm de ser pagos.
Fazei tudo o que Ele vos mandar... Com amigos destes quem precisa de inimigos...
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